sexta-feira, 30 de maio de 2014

Prunella laciniata









Prunella laciniata (L.) L. *
Erva vivaz, estolhosa  (tipo biológico: hemicriptófito) geralmente revestida por densa pilosidade, com 10 a 40 cm. Particularmente notável é a inflorescência, em geral, cilíndrica, dispondo-se as flores, com corola bilabiada, de cor branca ou creme, em  verticilos em número variável (3 a 9).
Distribuição: Centro e Sul da Europa, Norte de África e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal a sua ocorrência está limitada ao território do Continente, sendo dada como certa, pela Flora Ibérica, no Alto Alentejo e Trás-os-Montes e como provável no Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Baixa e Beira Litoral. Seja como for, tendo em conta os escassos registos existentes no portal da SPBotânica (Flora.on) tudo indica que a espécie não é muito vulgar, embora localmente possa ser abundante, como no sítio onde as fotografias supra foram obtidas.
Ecologia/habitat: terrenos de pasto em clareiras de bosques e de matagais, em locais húmidos, a altitudes entre 100 e 1700m. Indiferente edáfica.
Floração: Maio - Agosto;
* Sinonímia: Prunella vulgaris var. laciniata L. (Basónimo)
(Local e data: algures entre Rio de Couros e Freixianda, concelho de Ourém; 25 - Maio - 2014)

 Adenda:

Foto adicionada em 1 - Junho - 2014

(Aspecto da planta antes da floração. Foto captada no mesmo local em 27 - Abril - 2014)

terça-feira, 20 de maio de 2014

Scilla ramburei






Scilla ramburei Boiss.
Erva perene, bolbosa (tipo biológico: geófito) com 2 a 3 folhas, ou 4 excepcionalmente, todas basilares, aproximadamente lineares, planas ou caniculadas; haste floral com 10 a 50 cm. Inflorescência em cacho formado por um número variável de flores (7 a 45), apresentando estas um perianto campanulado e tépalas de cor azul-violeta.
FamíliaAsparagaceae;
Distribuição: Península Ibérica (Sul e Oeste) e Noroeste de África. 
A sua ocorrência em Portugal está limitada ao território do Continente e, pelos registos existentes no Portal da SPBotânica (Flora.on), parece legítimo concluir que será raro o seu aparecimento a Sul do Tejo. De facto, o portal regista apenas uma população, ainda que numerosa, no Alto Alentejo e mais precisamente na Serra de S. Mamede.
Floração: De Março a Junho.
(Local e data: Serra de S. Mamede; 1 - Maio - 2014)

Lugar onde:

(Marco geodésico no ponto mais alto da Serra de S. Mamede)


domingo, 18 de maio de 2014

Silene-rosada (Silene-colorata)

  







Silene-rosada (Silene-colorata Poir.)
Erva anual (tipo biológico: terófito) revestida, geralmente, por indumento viloso, com caules (15 a 60 cm) erectos ou ascendentes.
Distribuição: Região Mediterrânica, Próximo Oriente e Canárias.
Em Portugal, ocorre em boa parte do país, ( a sua presença é dada como certa no Algarve, no Alto e Baixo Alentejo,  no Ribatejo, Estremadura, e Douro Litoral e admitida dubitativamente na Beira Baixa e em Trás-os-Montes). Em qualquer caso, parece fora de dúvida que  a presença  da espécie tende a concentrar-se na metade  sul do território do Continente. Os registos existentes no portal da SPBotânica ( Flora.on) apontam nesse sentido. É espécie não presente quer na Madeira, quer nos Açores.
Ecologia/habitat: campos cultivados e incultos, bermas de estradas e caminhos, a altitudes que podem ir desde o nível do mar até aos 1700m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
(Local e data: Algarve -23  - Março - 2014)

sábado, 17 de maio de 2014

Recapitulando: Ansarina-da-praia (Linaria polygalifolia subsp. lamarckii)

 





 Ansarina-da-praia [Linaria polygalifolia Hoffmanns. & Link subsp. lamarckii (Rouy) D.A.Sutton]
Recapitulando, porque nem sempre, na altura própria, podemos dispor do material mais adequado à ilustração pretendida. Como foi o caso.
(Local e data: dunas da Lagoa de Santo André - 22 -Março - 2014)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Saxifraga cintrana







Saxifraga cintrana Kuzinsky ex Willk.
As possíveis dúvidas sobre se a espécie a que dedicámos o "post" de ontem é ou não um endemismo português, não têm o menor cabimento no que respeita à espécie aqui retratada. Trata-se, nemine discrepante, de um endemismo português com ocorrência limitada ao Centro Oeste (calcário) do território do Continente, espaço que engloba a Serra de Sintra, a Serra de Montejunto e as Serras d'Aire e Candeeiros, espaço onde  a S. cintrana aparece, quer em plataformas formadas pelos rochedos calcários, quer nas fendas das rochas e muros construídos com materiais da mesma natureza.
Trata-se de uma espécie vivaz (tipo biológico: hemicriptófito) com indumento glanduloso e com hastes florais que podem atingir até 30 cm.
Com alguma boa vontade, embora esse não seja o meu ponto de vista, admite-se que o "hábito" desta espécie se possa confundir com o da sua congénere Saxifraga granulata. Pelo menos é o que explica que o portal da SPBotânica tenha achado recomendável chamar a atenção para uma característica que é exclusiva da S. cintrana. Esta, ao contrário daquela, possui, de facto, pêlos glandulosos na página superior das pétalas (fonte), pormenor que é visível em algumas das fotos supra. As diferenças, porém, a meu ver, não se reduzem a tão pouco. Uma visita aqui é suficiente para o confirmar.
Floração: de Março a Junho.
(Local e data: Serra de Montejunto; 13 - Maio - 2014)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Senecio doronicum subsp. lusitanicus






Senecio doronicum (L.) L. subsp. lusitanicus Cout. 
Erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) da família Asteraceae, com caule erecto  (20 a 70 cm).
Segundo o portal da SPBotânica (Flora.on) é uma planta "endémica de Portugal continental", aliás, "muito rara", considerada como um "endemismo dos calcários da região centro litoral", ocorrendo em "carrascais abertos, relvados perenes e acumulações de terra em afloramentos calcários de cumeada", mas aparecendo apenas, escreve Miguel Porto (loc. cit), "nos cumes mais altos, nas encostas mais expostas, ventosas e frias!" 
Tendo em conta a precedente narrativa, a flora portuguesa contaria assim com mais um endemismo. Aparentemente, porém, parece não haver unanimidade quanto ao reconhecimento da subespécie em questão. A literatura sobre o assunto é limitada, para não dizer que a que me é acessível é quase nula, pelo que não tenho outro remédio que não seja ficar na dúvida.
Floração: de Abril a Junho.
(Local e data: Serra de Montejunto: 13 - Maio - 2014)

domingo, 11 de maio de 2014

Jacinto-azul-do-Algarve (Bellevalia hackelii)



Jacinto-azul-do-Algarve (Bellevalia hackelii Freyn *)
Erva perene, bulbosa (tipo biológico: geófito) da família Asparagaceae, com 13 a 40 cm de altura.
Distribuição: é um endemismo português, com ocorrência limitada ao Algarve (concentrada sobretudo na zona do Barrocal algarvio - ao centro e a oeste) e ao  Baixo Alentejo (onde há notícia de uma população nas proximidades do respectivo litoral)
Ecologia/habitat: pastagens secas, clareiras de matos, em locais pedregosos de origem calcária, entre os 15 e os 500 m de altitude.
Floração: de Março a Maio.
Sinonímia: Bellevalia dubia subsp. hackelii (Freyn) Feinbrun; Hyacinthus dubius subsp. hackelii (Freyn) K.Richt.
(Local e data:  Murtinhal - Sagres - Algarve; 23 - Março - 2014)
(Clicando na imagem, amplia)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Bico-de-pomba-maior (Geranium columbinum)

 

Bico-de-pomba-maior (Geranium columbinum L.)
Erva anual (tipo biológico: terófito) da família Geraniaceae, com caules erectos, ou ascendentes que podem atingir até 50cm, com folhas palmatipartidas, compridamente pecioladas; flores com 5 pétalas de cor entre o rosa e o púrpura, suportadas por elegantes e compridos pedúnculos.
Nem sempre é fácil a distinção entre as várias espécies do género Geranium e no caso do G. columbinum as dificuldades surgem sobretudo em relação ao G. dissectum e ao G. molle, porque estas duas espécies têm folhas semelhantes. Como característica distintiva facilmente perceptível para um observador mediano, o portal da SPBotânica (Flora.on), chama a atenção para uma característica do G. columbinum que os seus congéneres não possuem e que é a existência de "sépalas prolongadas numa arista comprida, claramente diferenciada", bem visível em qualquer das imagens supra. 
Distribuição: presente em grande parte da Europa, no Sudoeste da Ásia e no Norte de África. Presente igualmente na América do Norte como espécie introduzida. Em Portugal ocorre apenas no território do Continente.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagens, campos cultivados, incultos, ou em pousio, baldios, bermas de caminhos, em locais com alguma humidade, a altitudes que podem ir desde o nível do mar até aos 1500m.
Floração: de Abril a Agosto.
(Local e data: Fragas de S. Simão - Figueiró dos Vinhos;  29 - Abril - 2014)
(Clicando nas imagens, amplia)